Entretinha-se a prender caricas às patas dos gatos, a pôr cola em maçanetas e a escrever erros ortográficos na cobertura dos bolos de anos quando ia a festas. Enchia de papel as fechaduras e tirava a água das plantas que estavam em jarras. Ia com tosse à missa e ao cinema.
Agora, conduzia sem carta um peculiar veículo alheio, orgulhosa do seu brinquedo novo. Tinha rádio. Eram insónias: saíra de casa, ainda tarde e já cedo, com um objectivo em mente.
Pintou e pintou linhas contínuas por cima de linhas descontínuas, rindo de boca aberta como a sádica criança, com a cabeça deitada para trás e de olhos fechados, enquanto conduzia, como se de um desenho animado se tratasse.
Escondeu-se, ao fartar-se, e riu-se das notícias quando elas chegaram, espantadas com o fenómeno estranho e com o trânsito louco.
"Pois é! Deus escreve direito por linhas contínuas".
Agora, conduzia sem carta um peculiar veículo alheio, orgulhosa do seu brinquedo novo. Tinha rádio. Eram insónias: saíra de casa, ainda tarde e já cedo, com um objectivo em mente.
Pintou e pintou linhas contínuas por cima de linhas descontínuas, rindo de boca aberta como a sádica criança, com a cabeça deitada para trás e de olhos fechados, enquanto conduzia, como se de um desenho animado se tratasse.
Escondeu-se, ao fartar-se, e riu-se das notícias quando elas chegaram, espantadas com o fenómeno estranho e com o trânsito louco.
"Pois é! Deus escreve direito por linhas contínuas".