Ia à igreja todos os dias. Chorando criança e ajoelhando-se adolescente, pedia a deus que existisse. Perguntava-lhe "Porquê?", melodramática, e, no fim, mandava-o sempre foder. Chorava e chorava, no altar, de mãos juntas e joelhos separados, de cabeça baixa. Deprimia-se de fora para dentro e virava-se do avesso no fim. Ao ir-se embora, cuspia na água benta.
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